O emprego na indústria brasileira caiu 0,7% em julho, na comparação com junho, a sétima taxa negativa seguida. Nesse período de sete meses, a perda foi de 4,8%. Em relação a julho de 2014, o recuo foi de 6,4%, 46º resultado negativo nesse tipo de confronto e o maior desde julho de 2009 (-6,7%).
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário).
No acumulado dos sete primeiros meses de 2015, o total de trabalhadores na indústria brasileira caiu 5,4%. No acumulado dos 12 meses até julho, a queda foi de 4,9%, mantendo a trajetória de queda que começou em setembro de 2013.
Na pesquisa anterior, com dados de junho, a queda do emprego industrial tinha sido de 1%.
Julho teve aumento do desemprego e corte de vagas.
Em julho, o desemprego no país chegou a 7,5%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada pelo IBGE no mês passado. A taxa foi a maior para o mês desde 2009.
De acordo com o Ministério do Trabalho, 157.905 vagas de trabalho com carteira assinada foram cortadas em julho, outro recorde para o mês, que registrou o pior resultado desde 1992.
Como forma de conter as demissões, empresas de setores em crise têm adotado o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). A Mercedes-Benz adotou o plano, e os trabalhadores da Volkswagen aprovaram a medida.
O PPE foi criado pelo governo e permite que empresas diminuam temporariamente a jornada de trabalho e os salários em até 30%.
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